Jornalista é entrevistado por alunos

UM PAPO A MIL POR HORA COM RODRIGO MATTAR

Entrevista concedida à turma 704 do CIEP 353 - Dr. Brochado da Rocha.  Esta atividade foi realizada como parte integrante das aulas de Produção Textual da professora Anna Carolina.

"Rodrigo Mattar, carioca de 42 anos. Apaixonado por automobilismo desde os nove, é jornalista especializado em esportes a motor desde 1998. Estagiou no Jornal do Brasil e numa assessoria de comunicação antes de ingressar na Rede Globo. Em 2003, foi para o Sportv, onde foi editor dos programas Grid Motor e Linha de Chegada. No mesmo ano, iniciou sua trajetória como comentarista, estreando numa transmissão de uma corrida de Stock Car, realizada no saudoso Autódromo de Jacarepaguá. Desde maio de 2013, está no Fox Sports, atuando como editor e comentarista de diversas categorias, entre as quais Nascar, MXGP, WTCC, WRC e Tudor United SportsCar Championship. Conduz o blog A Mil Por Hora, agora no GRANDE PRÊMIO, desde 2009." (Perfil disponível no blog do jornalista em http://rodrigomattar.warmup.com.br/)

1- Quem é Rodrigo Mattar?

Rodrigo Mattar- Nossa... eu não sei me definir, não! A única coisa que sei é que Rodrigo Mattar é uma pessoa autêntica, que já pagou um preço caríssimo por isso. E acho, honestamente, que não vim a este mundo a passeio. Tenho muita coisa boa por fazer e acredito nisso.

2- Por que escolheu ser jornalista?

Rodrigo Mattar- Questão de vocação. Sempre fui muito falante, embora possa parecer tímido e fechado aos olhos dos que não me conhecem. Só que uso isso como instrumento de defesa. Quando eu tinha oito ou nove anos comecei a acompanhar melhor esse negócio de automobilismo e aí eu vi que o meu futuro era no jornalismo. A gente às vezes engole sapos, é tratado que nem cachorro por algumas pessoas... mas eu adoro o que faço. Ainda não estou 100% realizado na profissão. Espero chegar lá.

3- Qual é o seu maior sonho?

Rodrigo Mattar- O meu maior sonho? Olha... é poder assistir algumas corridas como as 500 Milhas de Indianápolis e Daytona, além das 24 Horas de Le Mans, ao vivo. E conhecer pistas lendárias como Monza, Monte-Carlo e Spa-Francorchamps.

4- Se você não fosse jornalista, seria o quê?

Rodrigo Mattar- Se eu não fosse jornalista? Nunca me vi noutra profissão que não fosse a de jornalista. Sempre fui um péssimo desenhista e um aluno pouco aplicado em ciências e matemática. Embora gostasse de geografia e história, nunca me empolguei em me formar nestas áreas. Enfim... nada, que não fosse a comunicação, me empolgou e me empolgaria.

5- O que você diria para quem quer seguir sua profissão?

Rodrigo Mattar- Para quem quiser seguir a profissão de jornalista, desde já digo o seguinte: não vá pensando que você vai ser comentarista de futebol e que é uma profissão glamourosa. Não é, não. Às vezes, como já disse aqui acima, é necessário engolir sapos, ouvir desaforos, respirar fundo, contar até 10, erguer a cabeça e seguir em frente. O segredo é estudar sempre. Aprender sempre, ser aberto a novidades, pois a vida é um aprendizado. Nunca humilhar os colegas de profissão. Pelo contrário: ser humilde é uma virtude. E acreditar em você mesmo.

6- Quando começou sua paixão pelo automobilismo?

Rodrigo Mattar- A paixão pelo automobilismo começou no início dos anos 80, porque foi uma época em que eu tinha curiosidade em conhecer e aprender o que era a Fórmula 1 e também porque Nelson Piquet despontava como um talento do esporte. Assisti à corrida de sua primeira vitória, o GP dos EUA, em 1980. É algo que não vou esquecer.

7- Quem é o seu ídolo no esporte?

Rodrigo Mattar- Meus ídolos no esporte são: Reinaldo (ex-atacante do Atlético-MG), pela postura corajosa e pelos gols que marcou numa curta carreira; Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet, gênios da Fórmula 1; Romário, para mim o maior atacante de todos os tempos; Magic Johnson, por ser a figura humana que é, além de um tremendo jogador de basquete; e, finalmente, Alessandro Zanardi, um exemplo de vida. Mesmo sem as duas pernas, voltou a correr - e ganhar - nos carros. Uma palavra define este cara: superação.

 Agradecemos a gentileza de partilhar conosco um pouco de sua história, Rodrigo Mattar!